Giornale Roma - Trump menciona sanções à Rússia após maior ataque contra a Ucrânia

Trump menciona sanções à Rússia após maior ataque contra a Ucrânia
Trump menciona sanções à Rússia após maior ataque contra a Ucrânia / foto: . - Servicio Estatal de Emergencias de Ucrania/AFP

Trump menciona sanções à Rússia após maior ataque contra a Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Rússia quer apenas "continuar matando pessoas" e alertou que pode impor novas sanções, depois que Moscou efetuou o maior ataque com drones e mísseis contra a Ucrânia desde o início da guerra em 2022.

Tamanho do texto:

O republicano expressou na sexta-feira (4) que estava "muito descontente" após a conversa telefônica de quinta-feira com o presidente russo, Vladimir Putin.

"Ele quer ir até o fim, continuar matando pessoas, isso não é bom", disse à imprensa no Air Force One.

Trump declarou que, durante a conversa, os dois presidentes falaram muito sobre sanções. "Ele entende o que pode acontecer", disse.

Poucas horas após a longa conversa telefônica, a Rússia efetuou um bombardeio noturno intenso, que a aviação ucraniana afirmou ter sido o maior ataque aéreo contra o país desde o início da invasão. A Força Aérea anunciou que Moscou lançou 550 drones e mísseis.

A Rússia insistiu em sua posição e afirmou na sexta-feira que "não é possível" alcançar seus objetivos na Ucrânia pela via diplomática, o que implica a continuidade dos combates e ataques contra um adversário que enfrenta dificuldades na linha de frente.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou após uma conversa com Trump que os dois concordaram em "reforçar" as defesas aéreas do país.

O chefe de Estado não revelou mais detalhes, no momento em que as cidades ucranianas continuam enfrentando ataques russos devido à falta de sistemas de defesa aérea que protejam o país de modo eficaz.

Trump também disse que falou sobre o envio de sistemas de defesa aérea Patriot à Ucrânia em outra ligação com o chefe de Governo da Alemanha, Friedrich Merz, na sexta-feira, embora tenha afirmado que ainda não decidiu se fornecerá o armamento crucial.

- "Nenhum avanço" -

Trump admitiu na quinta-feira que a conversa com Putin não representou "nenhum avanço" para uma resolução do conflito.

Os dois lados retomaram em maio as negociações diretas, mas, um mês após uma segunda reunião infrutífera na Turquia, ainda não há data para uma terceira rodada de conversações.

Putin reiterou a Trump que a Rússia "não renunciará a seus objetivos" na Ucrânia.

A Rússia continua exigindo que a Ucrânia ceda quatro regiões, além da Crimeia anexada em 2014, e que renuncie ao projeto de adesão à Otan, condições inaceitáveis para Kiev, que exige a retirada das tropas russas de seu território.

O Exército russo voltou a atacar a Ucrânia durante a noite de sexta-feira, bombardeios que deixaram pelo menos dois mortos e quase 30 feridos, segundo as autoridades locais.

Apesar dos bombardeios, Rússia e Ucrânia anunciaram na sexta-feira uma nova troca de prisioneiros de guerra, como parte de um acordo anunciado no início de junho em um diálogo indireto em Istambul.

M.Russo--GdR