Giornale Roma - Ex-ministro de Bolsonaro suspeito de obstrução a julgamento por golpismo é libertado

Ex-ministro de Bolsonaro suspeito de obstrução a julgamento por golpismo é libertado
Ex-ministro de Bolsonaro suspeito de obstrução a julgamento por golpismo é libertado / foto: Andreas SOLARO - AFP

Ex-ministro de Bolsonaro suspeito de obstrução a julgamento por golpismo é libertado

Um ex-ministro de Jair Bolsonaro detido na sexta-feira (13) por suspeita de obstrução do julgamento do ex-presidente por uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 foi libertado algumas horas depois por decisão da Justiça.

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Gilson Machado, ex-titular do Ministério do Turismo, é acusado de tentar ajudar na fuga do país do tenente-coronel Mauro Cid,ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que colabora como delator junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e é coacusado no julgamento pela trama golpista.

"Eu acho que foi tudo um mal-entendido. É importante salientar que a revogação da prisão foi feita pela mesma pessoa que a decretou, o ministro [do STF] Alexandre de Moraes", explicou Machado em declarações divulgadas por meios de comunicação locais neste sábado (14).

O ex-ministro foi levado na sexta-feira a uma prisão em Recife, acusado de ter feito gestões junto a um consulado de Portugal para conseguir um passaporte para Cid que lhe permitisse sair do Brasil e escapar de uma eventual condenação.

Antes de ser preso, Machado declarou-se inocente e afirmou que apenas havia solicitado um passaporte para seu pai. Durante a detenção, prestou depoimento à polícia e foi libertado pouco antes da meia-noite, segundo meios de comunicação locais.

"Estou pronto para qualquer esclarecimento", disse ao sair da prisão.

A AFP entrou em contato com O STF, que não se pronunciou sobre a libertação de Machado, já que "o processo é sigiloso".

O ministro Moraes também é responsável pelo julgamento de Bolsonaro, acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter liderado, sem sucesso, um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, que o derrotou nas eleições de outubro de 2022.

O ex-ministro do Turismo ficou conhecido como "o sanfoneiro de Bolsonaro" porque costumava tocar sanfona em transmissões ao vivo do ex-mandatário (2019–2022).

O ex-presidente, de 70 anos, e sete ex-colaboradores podem enfrentar até 40 anos de prisão, caso sejam considerados culpados. Bolsonaro alega ser inocente.

F.Villa--GdR