

Presidente da China promete mais apoio à Rússia
O presidente chinês, Xi Jinping, declarou nesta terça-feira (15) ao chanceler russo, Sergey Lavrov, que os dois países devem "reforçar seu apoio mútuo", informaram as agências estatais após a reunião entre ambos organizada à margem de um encontro ministerial da Organização de Cooperação de Xangai.
Xi afirmou que China e Rússia devem "colocar em prática o importante consenso" alcançado com o presidente russo, Vladimir Putin, e "reforçar seu apoio mútuo em fóruns multilaterais", segundo a agência oficial de notícias chinesa Xinhua.
Pequim e Moscou devem "unir os países do Sul Global e promover o desenvolvimento da ordem internacional em uma direção mais justa e mais razoável", afirmou Xi, segundo a Xinhua.
A agência russa TASS informou que Xi recebeu Lavrov em Pequim depois de uma reunião geral com os ministros de Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Xangai (OCX).
A OCX reúne 10 países, incluindo China, Rússia, Irã, Índia e Paquistão. Seu objetivo é atuar como um contrapeso às organizações ocidentais e reforçar a cooperação em questões políticas, de segurança e comerciais.
Entre os temas discutidos está a preparação de uma visita do presidente russo, Vladímir Putin, à China para participar de um encontro de cúpula da OCX, informou Moscou.
Lavrov se reuniu no domingo com seu homólogo chinês, Wang Yi, para discutir questões como a Ucrânia e as relações com os Estados Unidos.
O ministro russo das Relações Exteriores desembarcou na China após uma visita à Coreia do Norte, onde recebeu garantias de apoio na guerra contra a Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
Pequim, aliado diplomático e econômico de Moscou, afirma ter posição neutra no conflito entre Rússia e Ucrânia.
A China, no entanto, nunca denunciou a ofensiva russa de mais de três anos na ex-república soviética e não pediu uma retirada de tropas. Muitos aliados de Kiev consideram que Pequim fornece apoio a Moscou.
A China pede com frequência o fim dos combates, enquanto acusa os países ocidentais de prolongar a guerra com o fornecimento de armas à Ucrânia.
F.Villa--GdR