

Trump se reúne com presidentes africanos com foco em minerais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu na Casa Branca nesta quarta-feira (9) cinco presidentes de países africanos ricos em minerais, para uma reunião destinada a combater a influência crescente da China e da Rússia naquele continente.
Os presidentes de Libéria, Senegal, Mauritânia, Guiné-Bissau e Gabão foram convidados para a reunião, que se concentrou, oficialmente, em questões de comércio, investimento e segurança, segundo autoridades consultadas pela AFP.
No começo do almoço, no entanto, Trump deixou claro o motivo principal do convite, ao citar os "lugares vibrantes, terras muito valiosas, grandes minerais, grandes depósitos de petróleo" daquele continente. "A África tem um grande potencial econômico, como poucos lugares, em vários sentidos", acrescentou, ao manifestar que desejava aumentar a participação dos Estados Unidos naquela região.
Trump colocou os minerais no centro de suas negociações com diversos países, como a Ucrânia, e no âmbito do acordo de paz entre Ruanda e a República Democrática do Congo.
Os cinco presidentes africanos convidados lideram países ricos em minerais, principalmente ouro e terras raras, componentes essenciais para a economia global, principalmente para dispositivos eletrônicos e veículos elétricos.
"Temos minerais, terras raras, minerais raros. Temos manganês, urânio e boas razões para acreditar que temos lítio e outros minerais", destacou o presidente da Mauritânia, Mohamed El Ghazouani.
Seu colega do Senegal, Bassirou Faye, quis "tranquilizar todos os investidores americanos em relação à estabilidade política" naquele país e ao seu "ambiente regulatório favorável", e destacou seus recursos em petróleo e gás natural.
Faye elogiou as qualidades de Trump no golfe e sugeriu que o presidente americano investisse na criação de um clube no Senegal.
O ponto curioso do encontro foi o elogio de Trump ao nível de inglês do presidente da Libéria, Joseph Boakai, apesar de esse ser o idioma oficial daquele país.
Paralelamente às conversas comerciais, segundo o Wall Street Journal, Washington tentou convencer os cinco países a receber pessoas deportadas pelos Estados Unidos rejeitadas em seus países de origem.
A reunião de cúpula ocorreu dias após o desmantelamento oficial da agência internacional de desenvolvimento Usaid, da qual se beneficiavam muitos países africanos.
R.Tedeschi--GdR