Giornale Roma - Justiça nega recurso de príncipe Harry para manter sua proteção policial no Reino Unido

Justiça nega recurso de príncipe Harry para manter sua proteção policial no Reino Unido
Justiça nega recurso de príncipe Harry para manter sua proteção policial no Reino Unido / foto: Henry Nicholls - AFP/Arquivos

Justiça nega recurso de príncipe Harry para manter sua proteção policial no Reino Unido

O recurso do príncipe Harry contra a decisão de reduzir sua proteção policial no Reino Unido foi rejeitado pelo Tribunal de Apelação de Londres, anunciou nesta sexta-feira (2) o juiz encarregado do caso.

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Desde que se mudou para os Estados Unidos há cinco anos, Harry e sua família perderam a proteção policial de rotina oferecida aos membros ativos da realeza, financiada pelos contribuintes britânicos.

Na sentença, o juiz Geoffrey Vos disse que a decisão do governo britânico de reduzir as medidas de segurança era "compreensível", já que "o duque de Sussex deixou suas funções reais e o Reino Unido para viver principalmente no exterior".

Harry, 40 anos, que compareceu às audiências no Tribunal de Apelação nos dias 8 e 9 de abril, não estava presente nesta sexta-feira para ouvir a decisão.

O juiz indicou que compreende os "argumentos importantes e comoventes" do príncipe, mas considerou que não constituem "um argumento jurídico para impugnar" a decisão do governo.

"Uma consequência não desejada de sua decisão de renunciar a suas obrigações reais e passar a maior parte de seu tempo no exterior foi a de um um nível de proteção proporcionada(...) menor do que quando estava no Reino Unido", disse Vos.

"Concluindo, a apelação será rejeitada", acrescentou o juiz.

Harry, filho mais novo de Charles III, mudou-se para os Estados Unidos com sua esposa Meghan, após renunciar a suas obrigações reais em 2020.

O Ministério do Interior determinou que as medidas de segurança para o príncipe e sua família seriam estabelecidas caso a caso.

Harry apresentou uma ação legal em 2021 para impugnar a decisão.

Depois que seu pedido foi negado em primeira instância no ano passado, apresentou o recurso, que também não obteve sucesso.

- "Vida em jogo" -

"Não se deve esquecer a dimensão humana deste caso. Há uma pessoa cujas segurança, proteção e vida estão em jogo", indicou em suas alegações finais a advogada Shaheed Fatima após as audiências do início de abril.

"Sua presença aqui e durante toda esta audiência reflete o quanto esta apelação significa para ele e sua família", disse Fatima, que afirmou que seu cliente havia recebido ameaças.

Segundo a equipe de defesa do príncipe, a "Al-Qaeda pediu seu assassinato", após Harry narrar em sua autobiografia, "O que sobra", publicada em 2023, que matou 25 talibãs quando foi enviado ao Afeganistão.

O príncipe, que vive na Califórnia com Meghan e seus dois filhos, longe da família real, argumentou em seu recurso que a falta de garantias sobre sua segurança constitui um obstáculo a suas visitas ao Reino Unido.

M.Parisi--GdR