São Silvestre chega ao centenário com recorde de participantes
A tradicional Corrida de São Silvestre em São Paulo, a maior prova urbana do Brasil e da América Latina, vai celebrar sua 100ª edição nesta quarta-feira (31) com um recorde de mais de 55 mil corredores inscritos.
Um total de 44 países estarão representados na multidão que tomará as ruas de São Paulo, segundo números divulgados pelos organizadores. O percurso de 15 km começa na Avenida Paulista e passará pelos principais pontos turísticos da cidade.
Os quenianos Wilson Kiprono Too, com o tempo de 44 minutos e 21 segundos, e Agnes Keino, com 51 minutos e 25 segundos, foram os vencedores da edição de 2024 nas categorias elite masculina e feminina, respectivamente.
A corrida distribuirá aproximadamente 295 mil reais em prêmios. Os vencedores receberão R$ 62.600 cada.
- Domínio africano -
Os atletas africanos estabeleceram um domínio incontestável nas últimas edições da Corrida de São Silvestre. Corredores desse continente conquistaram 13 vitórias consecutivas na prova masculina e 17 na feminina.
Joseph Panga, da Tanzânia, é um dos principais favoritos nesta edição centenária, depois de ter ficado em segundo lugar, atrás de Too, na corrida do ano passado. O fundista, de 30 anos, terminou em nono lugar na Maratona de Berlim deste ano.
Wilson Maina, do Quênia, é outro favorito. Ele liderou os primeiros quilômetros da corrida em 2024, mas teve problemas com seus tênis e acabou terminando em sétimo lugar.
"Vou fazer a mesma coisa do ano passado. Vou sair forte e ver o que vai acontecer", disse Maina, de 32 anos, em uma coletiva de imprensa.
Entre as corredoras de elite, destaca-se a queniana Cynthia Chemweno, que terminou em segundo lugar na Corrida de São Silvestre do ano passado, atrás de Keino.
"Eu me sinto muito bem aqui", disse a corredora de 29 anos.
Johnatas Cruz, Gleison 'Cebolão' Santos, Nubia de Oliveira e Jeane Barreto estão entre as esperanças brasileiras.
A primeira Corrida de São Silvestre foi realizada na noite de 31 de dezembro de 1925, por iniciativa do jornalista Cásper Líbero, fundador do jornal Gazeta Esportiva, após ele ter assistido a uma corrida noturna em Paris.
A corrida recebeu o nome do santo católico que morreu em 31 de dezembro e é realizada anualmente sem interrupções, exceto em 2020, devido à pandemia de covid-19.
O evento acabou abandonando o horário noturno. Desde 2012, é realizada pela manhã devido às altas temperaturas do verão.
G.Bianchi--GdR