

Copa de Clubes é a "competição de times mais bem sucedida do mundo", diz Infantino
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, fez uma avaliação muito positiva neste sábado (12) sobre o primeiro Mundial de Clubes ampliado, com 32 equipes, que se encerra neste domingo com a final entre Paris Saint-Germain e Chelsea.
"A era de ouro do futebol de clubes começou. Podemos dizer com certeza que esta Copa do Mundo de Clubes foi um enorme sucesso... Já é a competição de times mais bem-sucedida do mundo", disse ele em uma coletiva de imprensa na Trump Tower, em Nova York, onde a entidade que comanda o futebol mundial inaugurou um escritório de representação esta semana.
"Criamos algo novo, algo que veio para ficar, algo que está transformando o cenário do futebol de clubes", acrescentou, na véspera da final entre PSG e Chelsea, no Estádio MetLife, em East Rutherford, nos arredores de Nova York.
De acordo com o dirigente, o torneio sediado nos Estados Unidos "gerou quase US$ 2,1 bilhões (cerca de R$ 11,7 pela cotação atual) em receita nos 63 jogos, o equivalente a uma média de US$ 33 milhões (R$ 133,5 milhões) por partida".
"Nenhuma outra competição de clubes do mundo chega perto", acrescentou, referindo-se à Liga dos Campeões da Europa, organizada pela Uefa.
A entidade europeia prevê receitas de € 4,4 bilhões (aproximadamente R$ 28,6 bilhões) para suas quatro competições de clubes em 2024-2025 (Liga dos Campeões, Liga Europa, Conference League e Supercopa).
- Resposta às críticas -
Infantino também respondeu às inúmeras críticas que cercaram a competição nos Estados Unidos, que vão desde a saturação do calendário até as altas temperaturas.
Em relação ao público, às vezes muito baixo, em algumas partidas, ele explicou que "prefiro receber 35.000 pessoas em um estádio com 80.000 lugares do que 20.000 em um estádio com 20.000 lugares".
"Nossos números estão quebrando recordes", afirmou Infantino, no evento que contou com presença de antigos craques como Ronaldo Fenômeno, Kaká e o italiano Roberto Baggio.
No entanto, ele reconheceu que o calor é "um problema real", especialmente antes da Copa do Mundo de 2026, que será realizada nos Estados Unidos, México e Canadá.
A maioria das partidas da Copa de Clubes foi disputada em temperaturas escaldantes, o que forçou os organizadores a introduzir um intervalo entre cada tempo para que os jogadores e os torcedores nas arquibancadas pudessem se refrescar. Além disso, ventiladores foram instalados nos bancos de reserva.
O calor era agravado pelo horário das partidas, que normalmente eram marcadas para o meio-dia ou a tarde para atender ao público europeu.
"Temos que pensar no que podemos fazer melhor: implementamos intervalos e irrigamos os campos. Cobrimos os estádios, então os usaremos mais durante o dia", disse Infantino.
Porém, apenas cinco dos 16 estádios planejados para a Copa do Mundo do próximo ano possuem tetos retráteis.
- Trump na final -
O presidente da Fifa também agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e "sua equipe", que "foram fantásticos".
"Ele comparecerá à partida amanhã", acrescentou.
Infantino também garantiu que a entidade que rege o futebol mundial está avaliando futuras modificações na Copa do Mundo de Clubes, cuja próxima edição está prevista para 2029, em sede ainda a ser definida.
"Claro que vamos aprimorá-la. Houve críticas justificadas... Ouvi perguntas sobre por que há quatro times brasileiros e apenas dois ingleses, por exemplo... Deveria haver um limite de quatro times por país?", questionou.
"Portanto, há muitos elementos em que podemos pensar mais adiante. Por enquanto, estamos avançando com isso e depois veremos", observou. "Estamos vivendo um grande momento. Talvez ainda não tenhamos percebido, mas é histórico".
A.Greco--GdR