Giornale Roma - Produção mundial de vinho terá leve recuperação em 2025, mas continuará baixa

Produção mundial de vinho terá leve recuperação em 2025, mas continuará baixa
Produção mundial de vinho terá leve recuperação em 2025, mas continuará baixa / foto: Patrick T. Fallon - AFP

Produção mundial de vinho terá leve recuperação em 2025, mas continuará baixa

A produção mundial de vinho vai registrar uma "leve recuperação" em 2025, mas continuará baixa devido aos desafios climáticos, com uma redução acentuada no Chile, segundo estimativas publicadas nesta quarta-feira(12) pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).

Tamanho do texto:

Com uma projeção média de 232 milhões de hectolitros, espera-se que a produção de vinho experimente uma "leve recuperação" de 3% em relação a 2024, ano em que atingiu o menor nível desde 1961. As previsões baseiam-se em dados de 29 países, que juntos representam 85% da produção mundial.

Apesar da recuperação, espera-se que o volume permaneça "muito abaixo das médias recentes", "confirmando um período de oferta mundial reduzida devido aos desafios climáticos e aos novos hábitos de consumo", destaca a OIV, organização intergovernamental centenária que reúne 51 Estados.

A Europa, que sofreu especialmente no ano passado, está se recuperando, com 140 milhões de hectolitros previstos na UE (+2%), mas ainda está muito abaixo de sua média quinquenal 2020-24 (-8%), o que revela "a crescente influência dos fenômenos climáticos extremos" na produção de vinho da região.

Se esta estimativa for confirmada, seria a segunda colheita mais baixa registrada desde o início do século no continente (que ainda representa cerca de 60% da produção mundial).

Quanto ao hemisfério sul (49 milhões de hectolitros previstos), o balanço também é inferior à média quinquenal, sempre devido aos "desafios climáticos", aponta a OIV, que publicará os números definitivos em abril.

Prevê-se que a África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Brasil registrem uma recuperação "modesta", que compensaria um recuo acentuado no Chile, com uma redução de 10% em comparação com 2024, além de ser o quarto ano consecutivo de diminuição da produção.

E.Barbieri--GdR