Giornale Roma - G7 lançará aliança para combater domínio da China sobre terras raras

G7 lançará aliança para combater domínio da China sobre terras raras
G7 lançará aliança para combater domínio da China sobre terras raras / foto: ANDREJ IVANOV - AFP/Arquivos

G7 lançará aliança para combater domínio da China sobre terras raras

Os ministros de Energia do G7 anunciaram nesta quinta-feira (30), no Canadá, o lançamento de uma "aliança" para contrabalançar o controle chinês sobre as terras raras, com o objetivo de garantir um acesso mais confiável a esses recursos indispensáveis para as tecnologias do futuro.

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A reunião de ministros, de dois dias, foi inaugurada em Toronto poucas horas depois da assinatura de um acordo entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu par chinês, Xi Jinping, sobre o fornecimento de terras raras, utilizadas em numerosos produtos, desde painéis solares até mísseis de precisão.

"É um bom sinal", disse à imprensa a ministra alemã da Economia e Energia, Katherina Reiche, que destacou a dependência de seu país das exportações chinesas de terras raras.

Diante do crescente domínio da China no refino e processamento de terras raras, os chefes de Estado e de governo do G7 lançaram, em junho, um "Plano de Ação sobre Minerais Críticos", à margem de sua cúpula no Canadá.

O plano será formalizado em Toronto com a criação da "Aliança para a Produção de Minerais Críticos", assegurou o ministro canadense de Energia, Tom Hodgson.

Esse acordo tem como objetivo "estabelecer cadeias de suprimento de minerais críticos que sejam transparentes, democráticas e sustentáveis na escala do G7", acrescentou Hodgson.

Nesse contexto, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos mobilizarão investimentos privados para aumentar a produção de minerais críticos, evitando depender da China e reduzindo assim sua influência nos mercados.

Para o responsável pela divisão de terras raras da Agência Internacional de Energia, Tae-Yoon Kim, a reunião de Toronto oferece "uma oportunidade importante (...) para começar a redistribuir o poder de mercado".

"A forte concentração do refino de minerais críticos em um único país [China] cria riscos econômicos e de segurança nacional", explicou Kim à AFP.

Porque, embora muitos países possuam importantes reservas minerais, a China domina o mercado graças à sua capacidade de processamento e refino, especialmente de terras raras, utilizadas em uma grande quantidade de dispositivos cotidianos e de alta tecnologia.

E, dado que uma grande parte dos minerais passa por empresas controladas pela China, Pequim pode consolidar suas reservas e controlar a oferta mundial.

F.Gentile--GdR